Conhecimento disruptivo
“Há algo indomável no conhecimento e a esta potencialidade chamamos de “disruptiva” (Gurgel, 2003)
A informação formalizada não é o conhecimento válido, não há sentido somente reproduzir, repassar, transmitir conhecimento. Não se forja cidadania sem informação adequada, mas o centro da cidadania é a rebeldia crítica e a criativa, ao lado de sua habilidade de organização coletiva. (Demo, p.27).
Não se pode perder de vista o bem comum, não é o bastante apenas ser crítico, é necessário também ser autocrítico. Conhecimento completo é contra senso; Já não seria disruptivo, não questionaria, nem inovaria. Toda certeza é ilusória, porque a vida é essencialmente incerta. (Demo, 2000c)
Toda certeza é substituída pela habilidade de argumentar, tendo por base a autoridade de argumento. Aprendendo a argumentar, o aluno não faz apenas ciência, como particularmente constrói sua cidadania.
Eis aqui um dos temas mais relevantes para o professor do futuro: em vez de insistir na relação pedagógica mediada basicamente por procedimentos reprodutivos, em particular pela aula, precisa voltar-se para a posição socrática e autooiética de fomentar no aluno a habilidade de saber pensar, cujo carro-chefe poderia ser a autoridade do argumento. Essa percepção coincide cm as idéias de Paulo Freire sobre “pedagogia da autonomia”. (1997).
O professor dotado de qualidade formal, traz para seu aluno o que há de melhor em sua área de conhecimento, e faz o aluno participar disso essencialmente. O plano político, a autoridade do argumento ou surgem na construção da autonomia crítica e autocrítica, isto faz com que o sujeito seja capaz de escrever sua própria história, comprometido com a ética do saber, desempenhando seu