Conhecendo o conhecimento
Quando falamos em conhecimento, podemos designar não só o ato de conhecer como uma relação que se estabelece entre a consciência e o objeto conhecido, mas também o produto do conhecimento. A teoria do conhecimento é a parte da filosofia que investiga as relações entre o sujeito cognoscente (o sujeito que conhece) e o objeto conhecido no ato de conhecer.
Diante das indagações a respeito da fonte do conhecimento, surgiram duas tendências – o racionalismo e o empirismo -, que marcaram dai em diante a reflexão filosófica. O racionalismo teve seu maior expoente em Descartes, defensor das ideias inatas, e o empirismo, em Locke e Hume, que valorizavam a experiência no processo do conhecimento.
No racionalismo Descartes afirma que o ser humano já nasce com ideias inatas e essas ideias não são sujeitas ao erro pois elas vêm da razão. Já a corrente empirista segue outro caminho. Locke afirma que a alma é como uma tábula rasa, uma tábua sem inscrições, por que o conhecimento só começa após a experiência sensível.
No século XIX o positivismo Augusto Comte (1798 – 1857) segue e amplia a tendência empirista, para Comte as explicações teológicas e metafísicas são modos de compreensão inferiores. No positivismo o conhecimento científico se sobrepõe a outras formas de conhecimento, tais como a religião e a filosofia.
Também a psicologia nascente se voltou para o exame dos aspectos comportamentais que podem ser verificados experimentalmente. Outra corrente de psicologia que exerceu marcante influencia na pedagogia contemporânea é o behaviorismo ou psicologia comportamentalista.
Segundo as tendências contemporâneas, tanto o apriorismo como o empirismo são insuficientes para explicar a complexidade do ato cognitivo, esbarrando várias vezes em problemas insolúveis. Locke criticava a ideia inata de Deus ponderando que alguns povos não tinha a representação de Deus em suas culturas. Oras se os empiristas partem da experiência, como considerar que