Congresso de Viena
Congresso de Viena o que foi. Os representantes do conservadorismo político. Restauração do Antigo Regime. Princípio da legitimidade.
O Congresso de Viena foi uma conferência realizada entre 2 de maio de 1814 a 9 de junho de 1815 entre as grandes potências européias, cujo objetivo principal era reconstruir o Antigo Regime e redesenhar o mapa político europeu que encontrava-se desfigurado devido ao expansionismo napoleônico e assim restabelecer a paz e evitar uma futura revolução. A escolha da cidade austríaca de Viena representava o perfil conservador do congresso, dada a dupla aversão da monarquia danubiana ao liberalismo e ao nacionalismo. Embora contasse com a presença das delegações da Espanha, Portugal, Suécia e dos Estados Alemães, os representantes do Big Four tomaram as decisões fundamentais, o que culminou em certo ócio destes estados e o famoso comentário do príncipe de Ligne: “ Le Congrès ne marche pas; il danse” ( “ O Congresso não anda, ele dança”). O príncipe Klemens Wenzel Von Metternich representava a Áustria e também presidia o encontro; o príncipe Karl August Von Hardenberg e o diplomata Wilhelm Von Humboldt a Prússia; pela Inglaterra, o secretário do Foreign Office Robert Stewart, então Visconde de Castlereagh e Arthur Wellesley, Duque de Wellington; e pela Rússia, o próprio czar Alexandre I. Inicialmente a França encontrava-se fora das reuniões, mas o Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord conseguiu desde as primeiras semanas incluí-la alegando que esta nada mais era do que uma vítima da revolução. Por decisão do congresso, após sugestão de Talleyrand e defesa dos ingleses e austríacos foi adotado o Princípio da Legitimidade que visava restaurar nos Estados europeus as dinastias e as fronteiras nacionais que vigoravam no período pré-revolucionário, ou seja, antes de 1789 – as únicas consideradas legítimas. Este princípio favoreceu