conglomerado
Teoricamente, a amostragem estratificada proporcional apresenta os melhores resultados possíveis. Sua grande dificuldade de uso deve-se ao grau de conhecimento necessário sobre a população, que geralmente não existe ou é impraticável de obter. Uma alternativa consiste no uso de conglomerados*.
Os conglomerados também são grupos mutuamente exclusivos de elementos da população, mas são definidos de forma mais arbitrária do que os estratos: é bastante comum definir os conglomerados geograficamente. Por exemplo, os bairros de uma cidade, que constituiriam conglomerados de domicílios.
O procedimento para a amostragem por conglomerados ocorre da seguinte forma:
divide-se a população em conglomerados;
sorteiam-se os conglomerados (usando tabela de números aleatórios ou qualquer outro método não viciado);
pesquisam-se todos os elementos dos conglomerados sorteados ou sorteiam-se elementos deles.
A utilização de amostragem por conglomerados permite uma redução substancial nos custos de obtenção da amostra, sem comprometer demasiadamente a precisão, e em alguns casos é a única alternativa possível. Entenda como ocorre essa amostragem:
Figura 13: Amostragem por conglomerados
Fonte: elaborada pelo autor Barbetta (2006)
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do
IBGE coleta informações demográficas e socioeconômicas sobre a população brasileira. Utiliza amostragem por conglomerados em três estágios: primeiro estágio: amostras de municípios (conglomerados) para cada uma das regiões geográficas do Brasil;
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É uma amostra aleatória simples na qual cada unidade de amostragem é um grupo, ou conglomerado, de elementos.
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O primeiro passo para se usar este processo é especificar conglomerados apropriados. Os elementos em um conglomerado devem ter características similares. Com regra geral, o número de elementos em um conglomerado deve ser pequeno em relação ao tamanho da população, e o número de conglomerados, razoavelmente,