O Consumidor acordou confuso. Saam torradas do seu rdio-despertador. De onde saa ento quis descobrir a voz do locutor Saa do fogo eltrico, na cozinha, onde a Empregada, apavorada, recuara at a parede e, sem querer, ligara o interruptor da luz, fazendo funcionar o gravador na sala. O Consumidor confuso sacudiu a cabea, desligou o fogo e o interruptor, saiu da cozinha, entrou no banheiro e ligou o barbeador eltrico. Nada aconteceu. Investigou e descobriu que a sua Mulher, na cama, que estava ligada e zunia como um barbeador. Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. Talvez aquilo tudo fosse s o resto de um pesadelo. Pela torneira jorrou caf instantneo. Confuso, o Consumidor escovou os dentes com o novo desodorante e sentou na tampa da privada fazendo soar a campainha da porta para pensar. Acendeu um batom Roxo Purple, nova sensao da Mulher. O que estaria acontecendo Resolveu telefonar para o Amigo. Saiu do banheiro e foi para a sala. Quando girou o disco do telefone a televiso a cores comeou a funcionar. Pensou com rapidez. Foi at o televisor e , no selecionador de canais, discou o nmero do Amigo. Saiu laranjada do telefone. Apagou o batom num cinzeiro e voltou para o quarto. A Mulher acabava de acordar e, sonolenta, caminhava na direo do banheiro. Viu a mulher fechar a porta do banheiro e dali a pouco ouviu a campainha da porta tocar de novo. Esperou. Quando a Mulher abriu a porta do banheiro e, confusa, lhe disse Queridoele antecipou J sei. Saiu caf da torneira da pia. No. Liguei o chuveiro e uma voz disse Al Era o Amigo. Deixe que eu falo com ele. Foi at o chuveiro falar com o Amigo. Contou tudo que estava acontecendo. O Amigo disse que na sua casa era a mesma coisa, saa msica do condicionador de ar e a televiso corria atrs das crianas dizendo bandalheira, era o fim do mundo. Foi quando o Consumidor, confuso, viu que o novo secador de cabelo descia sozinho da sua prateleira, atravessava o cho do banheiro como um pequeno