Confronto Te Rico Entre Jos Luis Fiori E Fernando Henrique Cardoso
A partir da década de 60, o subdesenvolvimento dos países latino-americanos passou a ser objeto de análise de grandes cientistas políticos, como uma alternativa aos conceitos desenvolvidos pela
CEPAL (Comissión Económica para América Latina), organismo criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948.
Com um enfoque marxista do imperialismo, desenvolveram-se estudos acerca da dinâmica social da América Latina, tendo destaque a formulação da teoria da dependência, que buscava caracterizar essa estrutura político-econômica apresentada pelos países latino-americanos no contexto do capitalismo mundial.
A América Latina era entendida como composta por países periféricos, ou seja, países em uma posição de subordinação capitalista em relação aos países centrais, que estavam condenados a assumirem uma condição de subdesenvolvidos e limitação.
Desta forma, o desenvolvimento e o subdesenvolvimento não eram entendidos como fases do capitalismo, mas sim como posições funcionais assumidas pelos países. Neste sentido, os países latino-americanos não alcançariam o nível de desenvolvimento apresentado pelos países centrais por meio da industrialização e modernização.
Destacamos a interpretação da teoria da dependência, desenvolvida pelo sociólogo e exPresidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, que enfatizava os fatores internos que sustentavam os processos estruturais da dependência, entendendo os diferentes períodos do capitalismo. O período de formação do mercado interno era impulsionado por uma política de industrialização, suportada pela relação entre nacionalismo e populismo, enquanto que o período de diferenciação da economia capitalista marcava-se pela crise do populismo e da organização política representativa de grupos dominantes (CARDOSO, 1970, p114).
Desta forma, Cardoso analisou os diferentes arranjos de poder apresentados ao longo da história da América Latina, desde a formação do