Conforto

O texto tem sua continuidade ao exemplificar alguns tipos de construção vernacular. A palafita sendo a primeira delas. Encontrada na região Amazônica brasileira, este tipo de construção faz o uso de técnicas simples e materiais locais — madeira — para resolver problemas locais. Ela encontra-se elevada 0,5 a 2m do solo, o que além de permitir que haja ventilação pela parte inferior da residência, serve como protecção das inundações, dos animais e dos insectos, como também para conseguir uma melhor exposição aos ventos. O modo como as tábuas de madeira são dispostas — verticalmente — permitem trocas de ar e iluminação natural através das frestas formadas pela irregularidade do material.
A habitação xavante sendo a segunda delas, também tira partido dos materiais locais. Não tão bem explicada no texto como a construção em palafita, este tipo de moradia estruturalmente formada por madeira e revestida por folhas de palmeira e palha, permite a penetração de pouca radiação solar em seu interior ao mesmo tempo em que se pode afastar a palha da cobertura lateral para permitir a entrada de um pouco mais de luz. A palha além de dar esta versatilidade a esta construção — permitindo que se abram essas "janelas" em qualquer lugar e a qualquer momento — garante também uma agradável temperatura no interior da construção devido a boa circulação de ar garantida por este tipo de material.
Por fim os Mocambos, encontrados no Nordeste, são denominados como casas pobres executadas com materiais rústicos (sapé, folha de palmeira, outros) e caracterizado por ser um tipo de habitação primitiva. Devido ao uso de materiais que se encontram facilmente no próprio local, este tipo de construção criam harmonia como o entorno. "As variações de tipologias ocorrem tanto pela diversidade da vegetação, quanto pela técnica, em que se exprime a preponderância, ora da cultura indígena, ora da africana, observando também influência da choupana portuguesa". Segundo Gilberto Freyre, o conforto dentro