Conforto Térmico
O conforto térmico num determinado ambiente pode ser definido como a sensação de bem estar experimentada por uma pessoa, como resultado de uma combinação satisfatória, nesse ambiente, da temperatura radiante média, umidade relativa, temperatura do ambiente e velocidade relativa do ar com a atividade lá desenvolvida e com a vestimenta usada pelas pessoas.
As sensações são subjetivas, isto é, dependem das pessoas, portanto certo ambiente confortável termicamente para uma pessoa pode ser frio ou quente para outra. Assim, em se tratando de um grande grupo de pessoas, é impossível estabelecer condições ambientais que satisfaçam plenamente a todos, sempre haverá insatisfeitos.
A sensação de conforto térmico está intimamente relacionada com a temperatura média da pele e com a quantidade de calor perdida pelo corpo por evaporação do suor, assim uma pessoa só estará em neutralidade térmica, se o seu corpo como um todo o estiver. Isto pode ser facilmente verificado, por exemplo, analisando-se o caso de uma pessoa que mesmo estando numa situação de neutralidade térmica, sente-se desconfortável quando é obrigada a ficar com as mãos submersas em água gelada. Este caso extremo mostra que a assimetria de perda de calor do corpo tem que ser limitada de forma a não comprometer o conforto térmico, (Rua,1999).
A primeira condição para o conforto é o equilíbrio, ou seja, a quantidade de calor ganho pelo organismo deve ser igual à quantidade de calor cedido para o ambiente. Contudo, ela não é a suficiente para garantir o conforto térmico. O sistema termo regulador do organismo é capaz de fazer varias combinações entre as variáveis ambientais e individuais.
O organismo utiliza vários mecanismos para promover o balanço térmico. Durante o frio, o organismo pode acelerar o metabolismo para produzir mais calor. Isso ocorre com os tremores, quando a musculatura atua para gerar mais calor. Se o corpo estiver em atividade, o calor gerado pode chegar ao triplo, em