Conforto termico de ovinos
O Brasil possui 2/3 (dois terços) do seu território localizados na faixa tropical, ou seja, apresenta altas temperaturas e umidade durante o ano.
Ao estudar a importância do clima tropical sobre o comportamento, bem-estar, produção e reprodução animal, deve-se, também, conhecer a influência direta e/ou indireta dos elementos climáticos sobre o clima e os animais.
Os elementos climáticos como temperatura do ar, umidade relativa, radiação solar e velocidade do vento irão influenciar na zona de conforto térmico dos ovinos, conseqüentemente no bem-estar, comportamento, consumo, produção e reprodução.
A exploração agropecuária da região Nordeste do Brasil e amplamente afetada por fatores climáticos, dentre os quais, a temperatura e a umidade do ar afetam diretamente os animais.
Os ovinos, assim como outros mamíferos e aves, são homeotérmicos, ou seja, são animais que têm a capacidade de controlar, dentro de uma estreita margem, a temperatura corporal. Este mecanismo, entretanto, é eficiente quando a temperatura ambiente está dentro de certos limites, o que demonstra a importância de se manter as instalações com temperaturas ambientais próximas às das condições de conforto.
ÍNDICE DE CONFORTO TÉRMICO PARA OVINOS
O Brasil possui um efetivo em torno de 8,7 milhões de cabeças de ovinos, dos quais 90% se encontram na região Nordeste, formado principalmente de animais tipo nativo e sem raça definida (SRD), de notável rusticidade e baixa produtividade. Apesar do reconhecido valor socioeconômico da ovinocultura para o nordeste brasileiro, a maior parte dos animais criados nesta região apresenta baixos índices de desempenho produtivo, com peso vivo aos 100 dias, de 8 kg, e peso médio da carcaça de machos com 1 ano de 10 kg, fêmeas apresentando 80% de parição (partos ao ano por matriz) e prolificidade de 1,3 crias por parto. A zona de conforto térmico é sugestiva e, conseqüentemente, irá variar de acordo com a raça; sexo; categoria animal; estado