conforto ambiental
Segundo o autor o fenômeno da universalização exerce um processo de degradação nos recursos culturais das grandes civilizações do passado. Levantando assim o seguinte questionamento: “ será que para entrar na rota da modernização é necessário descartar o antigo passado cultural que constitui a raison d’être (propósito) de uma nação?” porém nem todas as culturas conseguem absorver o impacto da civilização moderna. O ideal seria adotar um progresso sem desprezar as origens. O Regionalismo crítico pretende identificar fenômenos regionais que refletem sobre os elementos constitutivos nos quais se baseiam. Entre outros fatores que contribuem para o regionalismo está a busca por uma forma de independência cultural, econômica e política. A representação disso no futuro dependerá da capacidade de gerir formas de cultura regional englobando influências de outras culturas. A cultura regional deverá ser consciente e não imutável.
O regionalismo manifesta-se como uma arquitetura consciente onde o arquiteto deve reconhecer os limites físicos de uma obra, o ponto final de uma construção. Opõe-se à tendência da “civilização universal” trabalhando assim as condições impostas pelo lugar. Enfatiza o uso de outros sentidos na vivencia dos ambientes, como o tato as sensações de calor, frio, umidade, ventilação e a textura dos matérias utilizados. Abordando assim uma cultura contemporânea sem torná-la complicada.
Segundo Frampton, esse processo de assimilação é bastante evidente na obra da Igreja Bagsvaerd do dinamarquês Jorn Utzon, construída em 1976 fora do subúrbio de Copenhage onde elementos pré-fabricados de concreto armado de dimensões padronizadas são trabalhados com abóbodas de concreto armado moldadas in-situ. O uso da combinação de tais matérias apresenta uma serie de valores opostos.