CONFORTO AMBIENTAL
Antes mesmo do seu termino, o elevado foi palco de um trágico acidente, hoje esquecido ou desconhecido por muitos. Em novembro de 1971, 112 metros da estrutura, em fase final de construção, desabaram, matando 48 pessoas e deixando dezenas de feridos. A calamidade ocorreu quando um caminhão-betoneira, com oito toneladas de cimento e pedra, passava sobre o elevado na altura do cruzamento com a Rua Haddock Lobo. Com o bloqueio da Rua e o fechamento parcial do Túnel Rebouças, um enorme congestionamento paralisou a cidade. A tecnologia da construção do viaduto na época era considerada revolucionária.
O acidente obrigou a reconstrução do vão e o reforço estrutural de todo o viaduto. Passada a comoção, ele foi ampliado e inaugurado, após testes de carga mais rigorosos feitos, pelo governo, até mesmo para tranquilizar a população.
Atualmente, arquitetos e urbanistas divergem sobre o monumento. Muitos afirmam que o viaduto colaborou para o aumento da sensação de sufocamento pelo pedestre, além de gerar um corredor evidente de poluição, sujeira, abandono e insegurança. “O que fizeram foi um crime, uma agressão a uma área belíssima.
Antes do Elevado Paulo de Frontin, aquela área parecia Petrópolis, com casas dos dois lados e um canal no meio” - disse o arquiteto e urbanista Nireu Cavalcanti em uma entrevista para o site do jornal O Globo. Alguns destes arquitetos defendem a demolição do mesmo, alegando que a região, sem o elevado, apenas com a avenida margeando o canal, seria uma área mais arborizada e ensolarada. Ademais, o bairro de São Cristovão, ficaria sem as dificuldades trazidas pela Linha Vermelha, que, em alguns trechos, também está grudada às