conforto acustico
Conforto Acústico em edifícios residenciais
Maria de Fatima Ferreira Neto, pesquisadora e professora da UNIP-Sorocaba;
Stelamaris Rolla Bertoli, professora Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Este texto foi baseado no artigo publicado no V Congresso Ibérico de Acústica, o XXXIX
Congresso Espanhol de Acústica TECNIACÚSTICA 2008, e o Simpósio Europeu de Acústica realizado em Outubro de 2008 em Coimbra, Portugal, sob o título Conforto acústico entre unidades habitacionais em edifícios residenciais de São Paulo, Brasil.
O conforto acústico pode ser visto como um conceito de caráter subjetivo porém, cada vez mais, procura-se traduzir essa subjetividade em parâmetros de caráter objetivo, mensuráveis. De uma forma ou de outra, o conforto acústico tem sido cada vez mais exigido por proprietários ou usuários de edificações. Talvez a maioria da população não saiba como avaliar esse conforto, mas a sua ausência está cada vez mais perceptível e, por isso, a exigência de morar ou trabalhar em ambientes acusticamente confortáveis está se tornando cada vez mais frequente.
Durante o projeto da edificação não é raro que as questões de conforto fiquem em segundo plano. Muitas vezes, somente depois do edifício pronto e entregue, é que esse item passa a ser mencionado e geralmente, pelo usuário. Porém, depois de prontas as edificações, pode ser mais difícil, dispendioso ou impossível de se realizar as devidas adequações para atingir as condições mínimas de conforto. Nas entrevistas realizadas no trabalho de Grimwood [1], os entrevistados mencionaram que sentem com o desconforto causado pelo ruído, além de efeitos emocionais, conseqüências na vida social, já que tinham que tomar todo o cuidado para produzir o mínimo de ruído possível quando recebiam ou faziam visitas. Esse desconforto reflete a necessidade de haver um bom isolamento acústico de ruído aéreo entre unidades