Conformação
3.1- Introdução
A fabricação de componentes a partir de chapas metálica tem uma importância muito significativa a nível industrial. Para entender basta pensar na quantidade de produtos industriais e de consumo onde intervêm componentes fabricados a partir de chapa metálica, a título de exemplo, carrocerias de automóveis, caminhões e de ônibus, as fuselagens de aviões, os painéis das carruagens de caminho de ferro, os móveis de escritório, os computadores, os eletrodomésticos, utensílios de cozinha, etc. De um modo geral, todos estes produtos são obtidos combinando operações de deformação plástica (dobramento, calandragem, estampagem, perfilagem, etc.), onde a espessura da matéria-prima transformada pode variar entre as decimais e as dezenas de milímetro. A figura 1 mostra um exemplo disto.
Figura 1- Banda metálica (arco) e a peça onde foram realizadas operações de corte por cisalhamento. 3.2 – Corte por cisalhamento convencional
Uma ferramenta típica de corte por cisalhamento é constituída por um punção, cujo contorno tem a geometria da peça a cortar, e por uma matriz que assegura a passagem do punção e das peças cortadas, conforme mostra a figura 2.
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Figura 2- Diferentes fases do corte por cisalhamento: a) contato entre o punção e a chapa, b) ligeira flexão no início da deformação, c) deformação plástica e abertura de fendas, d) separação completa da peça, e) extração da peça e inversão de movimento do punção. Embora exista uma folga entre o punção e a matriz o seu valor é muito pequeno quando comparado com a espessura da chapa. É habitual adotarem-se valores que variam entre 5 ~ 10% da espessura da chapa, (menores de 4% da espessura para metais mais dúcteis como o latão e o alumínio, até 10% para materiais mais resistentes como o aço inoxidável) sendo, por isso, usual admitir-se que o corte se processa através de tensões de corte que se distribuem pela espessura da peça ao longo do perímetro