conflitos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO O século XX foi caracterizado, por Eric Hobsbawm, como a “era dos extremos”, sendo a sua primeira metade (de 1914 a 1945) uma "era de catástrofes". Somadas as duas guerras mundiais aos longos anos de Guerra Fria, genocídios, massacres e etnocídios desvelaram o quanto as instituições formais, dos Estados às Organizações Internacionais, não deram conta de evitar que o Homem fosse o “lobo do Homem”, chegando à borda da própria destruição civilizacional.
O grupo de pesquisa "Conflitos Armados, Massacres e Genocídios na Era Contemporânea" da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) tem como objetivo analisar criticamente esses processos, a partir de distintos suportes documentais e de abordagens inter e multidisciplinares, desvelando aspectos da condição humana frente a poderes que, em essência, têm origem na montagem de sistemas políticos e econômicos de exploração que reproduzem violências em graus extremos, possibilitando-nos refletir e discutir sobre o flagelo humano e o direito à existência, nos momentos em que a humanidade mais careceu de justiça e quando o pior do Homem foi vertido contra o próprio Homem.
O grupo de pesquisa é resultado de um esforço coletivo realizado por pesquisadores das mais diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais que têm se dedicado aos problemas da guerra e da paz, dos morticínios e de questões correlatas a conflitos armados de larga envergadura na era contemporânea, como: deslocamentos populacionais, as condições de refugiados de guerra, a atuação das organizações internacionais, do Tribunal Penal Internacional, das organizações não-governamentais de ajuda humanitária etc.
Diferentes olhares possibilitam uma compreensão mais abrangente acerca de processos complexos e que refundam as sociedades humanas a partir da destruição e reconstrução de suas teias de sociabilidade, a partir do pior e do melhor que a condição humana