Conflitos éticos e a pesquisa com seres Humanos
MORO G. M. B. et al – Aspectos éticos em pesquisas envolvendo seres humanos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, nº 153, Fevereiro 2011.
O artigo analisado traz como tema central a realização de pesquisas científicas nas áreas das ciências biológicas e da saúde envolvendo seres humanos e seus aspectos éticos e enfatiza que além delas proporcionarem grandes descobertas sobre a fisiologia humana, os processos patológicos e o desenvolvimento de novas tecnologias biomédicas para o controle ou até mesmo a cura de doenças, elas também podem expor a saúde individual e coletiva das pessoas, que inclusive, nem sempre serão beneficiados pelos resultados da pesquisa. E a questão que emerge é até que ponto pode se permitir a participação de pessoas em estudos dessa natureza sem a violação do seu direito à saúde. Os autores fizeram uma análise histórica das pesquisas envolvendo os seres humanos. Antes de 1953 esses estudos eram proibidos e considerados como sacrilégios e o valor e a certeza do conhecimento residiam no estudo teológico. Só no século XVI com Galileu Galilei a verdade passou a ser buscada na experimentação e observação. Porém só foi imposta uma discussão de cunho ético nas pesquisas experimentais com seres humanos após o surgimento de fatos que tiveram grandes impactos históricos como experiências atrozes realizadas por cientistas com prisioneiros da última guerra mundial. Isso culminou com a criação do Código de Nuremberg que estabeleceu pela primeira vez regras a serem observadas em pesquisas com seres humanos. Após a criação desse código outros casos de utilização desrespeitosa de seres humanos vieram à tona e a atitude da imprensa foi fundamental para divulgação de tais atrocidades e pela pressão da sociedade foi necessário o surgimento da Bioética que se baseia na análise vigorosa dos fatos, buscando meios coerentes para a resolução de dilemas morais relacionados à vida. No