Conflitos na África

"O verdadeiro fundador da sociedade civil foi aquele que ao cercar um terreno lembrou-se de dizer: "Isso é meu" e encontrou pessoas simples para acreditá-lo. Quantas guerras, horrores, assassinos e misérias teriam sido evitadas se alguém tivesse dito: -"Não acreditem nesse impostor! A terra é de todos! E os frutos não pertencem a ninguém!”“.
J.J Rousseau
Os Índios Guarani Kaiowa

Cerca de 170 indígenas que vivem á beira de um rio em Iguatemi, município de Mato Grosso do Sul, receberam uma carta da Justiça Federal decretando sua expulsão da terra. Como ato de resistência, os índios decidiram ficar, e morrer na terra que pertencem a eles. Foi feito uma carta em que os Kaiowa dizem: -“Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.”. Os Guarani-Kaiowa avisaram por carta que depois de décadas de luta para viver, agora só reta a morte e como viveram sempre juntos, querem morrer também, juntos. Desde o início do século XX começou a ocupação das terras dos Guaranis Kaiowás. Os índios que viveram lá começaram a ser mantidos em reservas pelo governo federal, para que os colonos que chegassem tivessem suas terras. Embora as terras fossem dos índios, o governo federal dizia que era uma terra desocupada ou que não tinha ninguém lá, apenas índio. Não eram animais a quem se referiam, e sim pessoas, gente. Mas na época trataram como animais colocaram em um espaço pequeno demais para se viver, ou que pudessem viver de seu modo. Os territórios indígenas deveriam ser demarcados pelo Estado no prazo de cinco anos, mas não foi. Eles encontram-se em uma situação de desespero, sem poder viver segundo sua cultura, vivendo com o alcoolismo dos adultos e pela