Conflitos na chechênia
A Chechênia (Noxçiyn, em checheno; Chechênia é na verdade a versão russa para o nome da área) é uma das repúblicas que atualmente compõem a Federação Russa (num total de vinte e uma). O status de república é o maior nível de autonomia possível, garantidas às etnias que não são russas, que adquirem o direito de promover sua própria língua como oficial em todo seu território, manter bandeira e símbolos locais, além de estabelecer constituição própria.
Esta região tem sua história marcada por interesses de dimensões políticas, econômicas e geográficas. Sob o ponto de vista histórico, a região ocupada pela Chechênia marcou uma antiga esfera de conflito entre os espaços dominados por cristãos e muçulmanos sob o ponto de vista político e religioso. Apesar de viverem em uma região dominada pelos russos, de orientação cristã, os chechenos se converteram ao islamismo por volta do século XVIII. Em resposta a tal situação, a monarquia czarista russa decidiu anexar a Chechênia aos seus vastos domínios imperiais.
A partir desse advento, o Império Russo teve enormes dificuldades para estabelecer seu domínio sob uma população com aspectos identitários e tradições bastante homogêneas. Nas primeiras décadas do século XX, passado meio século da dominação russa, os chechenos aproveitaram das convulsões que colocavam a revolução bolchevique a caminho na Rússia. Dessa forma, decidiram formar um governo independente com criação da República Montanhesa do Cáucaso Norte.
Apesar da profunda mudança política ocorrida na Rússia, os exércitos revolucionários trataram de dar fim ao intento separatista entre os anos de 1919 e 1921. Com a represália russa, os chechenos mais uma vez retrocederam seus desejos autonomistas tendo somente outra oportunidade com a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Nesse momento, inspirados pela ação dos finlandeses, formaram um exército de resistência e declararam sua independência. Temendo que os russos mais uma vez conseguissem