Conflitos Entre Judeus e Muçulmanos
A disputa pela Palestina entre os dois povos tem suas raízes na Antigüidade. A presença judaica na Palestina remonta ao segundo milênio antes de Cristo. Em 635, durante a expansão islâmica, a região da Palestina foi ocupada pelos árabes.
No início da Idade Média, a Palestina pertencia ao Império Romano e era habitada, em sua maioria, por cristãos. Somente no século VII que a região foi conquistada pelos muçulmanos e, durante os séculos seguintes, o controle da Palestina oscilou entre diferentes grupos até a incorporação da região pelo Império Otomano, que chegou a ocupar terras na Síria, Egito, Argélia, Bulgária, Sérvia, partes da Grécia, da Hungria, do Irã e da Arábia, além da Turquia.
No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu e dedicava-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros. Com o desenvolvimento das burguesias nacionais e da Revolução Industrial, os judeus foram responsabilizados pelo desemprego em massa e pela concorrência com as classes dominantes. A partir daí, sofreram várias perseguições e massacres. O resultado disso foi a emigração para a Europa Ocidental.
Depois da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região.
Acreditando nas promessas de Balfour, milhares de judeus foram para a Palestina, compraram terras e se estabeleceram em núcleos cada vez maiores. Neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam os judeus conquistarem boa parte das terras boas para o cultivo.
Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger