Conflitos do Afeganistao
A nação afegã é formada por uma série de etnias que mantêm rivalidades entre si: 50% da população é constituída pelos patãs, 30% são tradjiques, além de outra parte em que se incluem usbeques, turcomanos e beluques. Em termos religiosos, 90% são muçulmanos sunitas e 9%, xiitas. Por se expandir em uma área ampla dos continentes asiático e africano, o islamismo se dividiu em xiitas e sunitas. As divergências entre essas duas seitas referiam-se, basicamente, a quem deveria suceder Maomé após sua morte; contudo, o tempo foi mostrando outras diferenças entre elas: os sunitas passaram a aceitar com mais facilidades as transformações pelas quais o mundo passou e vem passando, enquanto os xiitas se mostraram avessos a elas, tornando-se defensores intransigentes dos fundamentos da fé islâmica.
A população, de maneira geral, é resistente aos invasores, sendo que gerrilhas atuam, há muito tempo no páis, recebendo ajuda financeira externa. No período da Guerra Fria, os russos aspiraram dominar a região para controlar o acesso ao Golfo Pérsico. Do outro lado, os Estados Unidos buscavam controlar a expansão soviética, apoiando as ações das guerrilhas. Internamente, o país passou por várias transformações, salientando-se o golpe militar que em 1973 derrubou a monarquia no país e o de 1978 que conduziu os comunistas ao poder. Ao mesmo tempo que se instalava o governo de esquerda, a oposição crescia, além da forte presença e atuação dos xiitas, influenciados pela Revolução Islâmica do Irã.
O governo instalado não foi capaz de conter as insurreições freqüentes, ocorrendo, então, a ajuda da URSS e depois dos americanos, sob o governo do presidente Ronald Reagan. A China também enviou auxílio no sentido de reforçar os movimentos contrários à expansão do regime soviético. A URSS despendeu grandes somas de recursos e soldados para garantir seu domínio sobre as principais cidades, mas não foi capaz de deter o movimento das guerrilhas. Em 1988, após as