Conflitos agro-ambientais
Desde o surgimento das primeiras civilizações o homem tem tratado a natureza com descaso, retirando dela seu sustento, sem contudo pensar em recompor ou recuperar o que destrói.
No Brasil desde o início da colonização os primeiros exploradores iniciaram um processo de destruição da natureza para a produção agrícola e extração de minerais do solo, principalmente ouro e diamante.
Esta realidade foi agravada com a industrialização, no século XVIII, quando o meio ambiente passou a sofrer alterações marcantes, cada vez mais aprofundadas, conforme se desenvolveram os meios tecnológicos e o consumo de bens industrializados.
A atitude devastadora do homem no meio ambiente tem causado: 1) poluição dos mananciais de água potável, do lençol freático e das águas subterrâneas; 2) a poluição atmosférica; 3) a contaminação por agrotóxicos; 4) a contaminação de solos por resíduos; 5) a ocorrência de desastres ambientais; 6) êxodo rural; e 7) conflitos fundiários.
A maioria da sociedade escolheu a devastação, a destruição da natureza, especialmente o Bioma Cerrado, subjugando e sugando-a em vista da satisfação dos interesses econômicos. Interessa o lucro em curto prazo. Vivemos numa cultura imediatista, que não pensa no futuro. O presente vence o futuro na atual cultura, infelizmente é o que podemos verificar nas atitudes da grande maioria dos empreendedores rurais, que só pensam no lucro, nada mais, a natureza está desprezada.
O jornal “O Popular”, edição de 2 de setembro de 2010, estampou em sua capa: “Goiás é o Estado que mais desmatou o Cerrado”, afirmando que aproximadamente 65% da cobertura original do bioma Cerrado foi destruído, o que é um dado preocupante e alarmante, devendo, todos nós, revermos alguns conceitos sobre a proteção do meio ambiente. Na década de 1960 e 1970, no Brasil, o regime militar incentivou o deslocamento de milhares de agricultores para a região Amazônica, recebendo ajuda financeira e incentivos fiscais para