Conflito Social
O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser consideradas incompatíveis.
O termo conflito define o conjunto de duas ou mais hipotéticas situações que são exclusivas, isto é, que não podem ter lugar em simultânea (por serem incompatíveis). Para o Alemão Ralf Dahrendorf, o conflito é um facto social universal e necessário, que se resolve com a mudança social. Karl Marx, pela parte que lhe toca, era da opinião que o conflito tinha a sua origem na dialéctica do materialismo e na luta de classes. As teorias que existem sobre o conflito social permitem explicar a necessidade social de ordem e integração, que se traduz no desenvolvimento de políticas de consenso ou de coacção. Em ambos os casos, o conflito constitui-se como o factor da mudança social e como parte da dinâmica social perante o consenso. Com o desenvolvimento da teoria do conflito, este começou a ser visto como um aspecto funcional da sociedade. Antigamente, o conflito era analisado a partir de uma perspectiva moral (como a guerra santa) ou justa. Também podia ser tido em conta como o direito à rebeldia (de acordo com John Locke) ou como uma consequência da referida luta de classes. A partir do funcionalismo e da teoria do conflito, passou a ser considerado como sendo uma relação social com funções positivas para a sociedade, desde que a sua potencialidade destrutiva e desintegradora pudesse ser mantida sob controlo. O conflito nas relações internacionais é analisado com base em diversas posturas. Uma delas é a teoria do choque de civilizações, que explica os grandes movimentos políticos e culturais da história através das influências recíprocas que as várias civilizações exercem entre si. Neste contexto, uma civilização é uma cultura fechada com uma tradição hermética e impermeável, que entra em conflito na hora de se relacionar com as outras civilizações diferentes. Diz-se que a revolução e a guerra são conflitos totais, onde se procura a mudança