Conflito Israelo Palestino
Em O Estado Judeu, o jornalista vienense Theodor Herzl (foto) defende a criação de um Estado-nação judaico que ponha um fim às perseguições contra os judeus. Esse Estado seria estabelecido na Palestina, onde viviam 500 mil árabes. Os seguidores de Herzl ficam conhecidos como sionistas.
1917
Durante a Primeira Guerra Mundial, Reino Unido e França acertam a partilha do que restou do Império Otomano no Oriente Médio. Arthur Balfour, então ministro britânico do Exterior, defende a instalação de um Lar Nacional Judeu na Palestina, resguardando-se direitos civis e religiosos dos não-judeus (90% da população). Conserva para o Reino Unido, dessa forma, o controle da região.
1939
O governo britânico anuncia que seu objetivo na Palestina não é a criação de um Estado judeu, mas um Estado palestino independente, com os dois povos (judeus e palestinos) compartilhando o governo. Navios carregados com fugitivos da Europa conquistada por Hitler são recusados nos portos palestinos. Sionistas começam a comprar terras na Palestina pertencentes a ricos proprietários que moram no Líbano e na França. Chegam com os títulos de propriedade nas mãos e dão início a expulsões em massa dos fellah (camponeses palestinos).
1946
Depois de uma série de atos de sabotagem e terrorismo, como forma de pressionar os britânicos a cumprir sua promessa, o grupo sionista Irgun explode uma ala do hotel Rei David, em Jerusalém, onde o Reino Unido mantinha sua sede administrativa e militar na Palestina.
1947
Em fevereiro, Londres submete a questão da Palestina à ONU, que decide a partilha do território em dois Estados independentes, em 29 de novembro (na foto, judeus comemoram decisão em Tel Aviv). A solução reconhece o direito dos judeus a um Estado na Palestina. A União Soviética aceita a criação do Estado de Israel porque prefere essa solução à manutenção de uma base militar britânica na região.
1948
Os países árabes não aceitam a criação do Estado de Israel e partem para a guerra. Em