Conflito Entre Arabes E Judeus
JERUSALÉM- Ehud Barak está prestes a fazer um acordo para formar um governo de unidade nacional com o líder do direitista palestino Likud, Ariel Sharon, acusado pela Autoridade Palestina e pelo mundo Árabe em geral de ser o estopim da atual onda de violência nos territórios ocupados por Israel.
A ida de Sharon ao local conhecido como Monte do Templo pelos judeus e Haram al-sharif pelos árabes – sagrados pelas duas religiões em Jerusalém, para mostrar que a área pertence a Israel, provocou revolta entre os palestinos.
O porta-voz do Barak na cúpula de Sharm el-Sheik, Nachman Shai, disse ontem à BBC que uma coalizão pode ser formada independentemente dos resultados do encontro no Egito. Se isso ocorrer, a união da coligação do centro-esquerda que elegeu o trabalhista Barak, Um Israel,o Likud e outros grupos teria entre 80 e 90 das 120 cadeiras do Parlamento (Knesset).
Barak perdeu o apoio da maioria na Knesset pouco antes de tomar parte na cúpula de paz de Camp David (EUA), por não ter chegado a um acordo com os partidos de sua coalisão sobre as conçessões que poderia fazer nas negociações.
Negociação fracassa em Israel
Fracassou neste domingo a reunião de duas horas entre o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, e o líder direitista e oposicionista Ariel Sharon, do Likud, que tinha como objetivo estabelecer um governo emergencial de coalizão, segundo informou a CNN.
Barak estava otimista até antes do encontro, que poderia fortalecer o primeiro-ministro e dar-lhe poderes para negociar com mais tranqüilidade com os palestinos e tentar promover, assim, a paz no Oriente Médio.
Os partidos religiosos menores, incluindo o Shas, no entanto, não vão contribuir para a dor de cabeça de Barak. Eles não querem participar de um governo de coalizão mas também não vão prejudicar as negociações de paz.
No mesmo dia das negociações, morreram mais três palestinos nos confrontos nos territórios destinados ao Estado