Confiança Interpessoal
Autoria: Jose Gaspar Nayme Novelli, Rosa Maria Fischer, Jose Afonso Mazzon
Resumo
O contexto atual remodela o grau de interdependência entre as pessoas e traz novos riscos e incertezas para os relacionamentos organizacionais. Nesse ambiente, é estudado o papel e a contribuição da confiança interpessoal nas organizações, visando favorecer o processo gerencial no que tange a identificar e agrupar os fatores que formam a confiança no trabalho e que auxiliam a gestão do fenômeno pelos gerentes nas empresas. Os construtos confiança transacional e confiança transformadora, advindos da confiança interpessoal, ambos desenvolvidos por Reina e Reina (1999), foram testados na realidade brasileira, por meio de análise fatorial, bem como avaliadas diferenças estatisticamente significativas em termos de variáveis de perfil dos gerentes pesquisados, por meio da análise de variância. Foram entrevistados 200 gerentes de empresas de diferentes portes e naturezas, nas cidades de São
Paulo e Brasília. Os resultados apresentados demonstram, de um lado, correlações significativas entre algumas variáveis consideradas e, de outro, que os elementos constitutivos da confiança agrupam-se em dois conjuntos de fatores distintos do modelo proposto por Reina e Reina. Não obstante, os resultados alcançados fornecem mecanismos para o aprimoramento de estratégias de relacionamento entre os colaboradores internos da empresa.
Introdução
A confiança entre as pessoas é um dos componentes essenciais constituintes do relacionamento interpessoal e da sociabilidade que permite à humanidade reconhecer-se, a si própria, como uma espécie diferenciada da criação.
A palavra confiança é semanticamente definida, de acordo com o Dicionário Houaiss
(2001:785-796), como a “crença na probidade moral, na sinceridade afetiva, nas qualidades profissionais de outrem, que torna incompatível imaginar um deslize, uma traição, uma
demonstração