Conferencia de estocolmo
Grande parte dos impactos ambientais são causados por um modelo de desenvolvimento, tanto capitalista como socialista, que encarava a natureza e seus complexos e frágeis ecossistemas apenas como “inesgotáveis” fontes de energia e de matérias-primas e como receptáculo dos dejetos produzidos por suas cidades, indústrias e atividades agrícolas.
O preço dessa pretensão não tardou a ser cobrado: já nos séculos XVIII e XIX, os impactos ambientais provocados pela crescente industrialização eram muito grandes, mas ainda eram localizados e atingiam, basicamente, os pobres. Os ricos ainda se refugiavam das mazelas, no entanto, isso logo passou a ter consequências globais.
O alerta foi dado no inicio da década de 70. Em 1972, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo (Suécia). Foi um encontro de chefes de Estado para debater as questões sobre o meio ambiente e o desenvolvimento.
Nesse mesmo ano, uma entidade chamada Clube de Roma, encomendou ao Massachussetts Institute of Tecnology (MIT), dos Estados Unidos, um estudo que ficou conhecido como o Desenvolvimento Zero, e propunha o congelamento do crescimento econômico como única solução para evitar que o aumento dos impactos ambientais levasse o mundo a uma tragédia ecológica. O que seria uma péssima solução para os países subdesenvolvidos.
A Conferência Estocolmo-72 foi marcada, então, pela polêmica entre os defensores do “desenvolvimento zero”, basicamente representantes dos países industrializados, e os defensores do “desenvolvimento a qualquer custo”, representantes dos países não industrializados.
A crise econômica mundial dos anos 70, detonada pelo choque do petróleo e que serviu para alertar o mundo para o fato de que os recursos naturais são esgotáveis, colocou questões econômicas mais urgentes para os governantes do mundo inteiro se preocuparem. E só no começo dos anos 80 a discussão desenvolvimento X meio ambiente voltou.