Conference Paper

Universidade de Brasília
Política e Sociologia
Ícaro Costa Peixoto
Aluno de Antropologia
14/0022121

Conference Paper (Tarefa 4)

COMO AS POLÍTICAS PROIBICIONISTAS AFETAM A DESIGUALDADE SOCIAL?

I: Introdução

No final do século XX, uma Guerra Mundial começa, a War on Drugs, declarada abertamente em todos os veículos de informação pelo presidente Richard Nixon, em 1971 nos Estados Unidos. A partir de então, drogas como a maconha, cocaína, heroína, LSD entre tantas outras que eram comercializadas na época foram alvo de perseguição, porém o alvo desta Guerra não é apenas as drogas em questão, mas também grupos sociais e minorias como hippies, pacifistas, libertários, feministas, ativistas gays, e principalmente negros e pobres, que fazem o uso de tais substâncias ou que são vistas de uma forma preconceituosa como usuários, foram e são até hoje as reais vitimas dessa guerra.
A luta contra as drogas vem associada à perseguição de populações específicas. No Estados Unidos, por exemplo, a cocaína é associada aos negros, o ópio aos chineses, a maconha aos latinos (mexicanos) e até mesmo plantas sagradas indígenas, como o cacto peyote são vitimas desse sistema de opressão criado pelas leis proibicionistas. O mesmo tipo de preconceito pode ser observado no Brasil, a maconha é associada aos negros capoeiristas e escravos desde o período imperial, tal visão se perpetua até os dias atuais, pois a imagem do usuário seja de maconha ou qualquer outra droga e principalmente do “criminoso” que nos é passada nos noticiários é a imagem do negro. Portanto, as abordagens policiais são realizadas visando retirar da sociedade, através do encarceramento ou da violenta opressão nas ruas, não apenas o usuário ou o “traficante”, mas sim com o propósito de fazer uma limpeza social e racial na sociedade.

II. Guerra às Drogas e o seu fracasso Mesmo após o fracasso dos Estados Unidos com a Lei Seca em 1920, o presidente Richard Nixon comete o mesmo erro cometido