CONFER NCIA 4
QUARTA CONFERÊNCIA – RESUMO
Introdução
A quarta conferência nos leva novamente à interpretação dos sonhos. Levando em consideração a Psicologia do Antigo Egito para entender a terapia prática e suas mitologias.
Resumo
No Oriente, grande parte da terapia prática se constrói sobre o princípio de elevar o caso pessoal a uma situação geral válida. A medicina grega também trabalhava com o mesmo método. É evidente que a imagem coletiva ou sua aplicação deve estar de acordo com a condição particular do paciente. O mito ou a lenda emerge do material arquetípico que está constelado pela doença, e o efeito psicológico consiste em conectar o paciente com o sentido. geral de sua situação. A mordida de cobra, por exemplo, é uma situação arquetípica e, por isso mesmo, encontra-se como motivo em muitas lendas. Se a situação subjacente à doença for expressa de maneira adequada, o paciente estará curado. Caso não se encontre essa expressão ideal, ele é novamente arremessado ao seu próprio mal, à isolação de estar doente; ficará só, sem nenhuma ligação com o mundo. Mas se o doente percebe que o problema não é apenas seu, mas sim um mal geral, até mesmo o sofrimento de um Deus, aí então reencontrará seu lugar entre os homens e a companhia dos deuses, e só de saber isso, o alívio já surge.
Quando figuras arquetípicas aparecem em sonhos, especialmente nos estágios mais avançados da análise, explico ao paciente, não o isolamento de sua personalidade, mas sim a sua comunicação com a humanidade. Este aspecto é importante, porque o neurótico se sente só e tremendamente diminuído pelo seu mal. Mas ao sentir a generalidade do problema tudo se torna diferente. No caso que estamos focalizando, se o tratamento tivesse prosseguido, eu chamaria a atenção do paciente para o fato de seu último sonho refletir um problema humano e geral. Em suas associações, ele enxergará, por si próprio, o conflito do herói e do dragão.
Havia um tetrarca da