CONEXÃO COM OS CLIENTES
Alessandra Assad*
Em um contexto de mudanças constantes nas organizações, muitas vezes é difícil se adaptar ao novo conceito de mercado. Se ontem comprávamos ações da única companhia telefônica, hoje trocamos de celular todos os anos, e já podemos escolher qual a companhia que vai nos atender.
Por isso, precisamos estar aptos e sensíveis para a percepção, análise e adaptação das mudanças para o nosso cotidiano e planejamento.
Recentemente, tive a oportunidade de assistir a uma palestra de Beth Furtado, que é diretora de
Planejamento da QG Propaganda, empresa do Grupo Talent, e autora de alguns livros, e pude confirmar o quanto as decisões dos consumidores são complexas e ambivalentes. Elas são tomadas a partir de desejos. “A busca da sensação supera a posse do bem. A obsolescência acontece no ato da compra”, afirmou Beth. E o que ela quis dizer com isso? Que hoje vivemos uma realidade de paradoxos. Abandonamos o casulo e buscamos a conexão. Beth divide os desejos ou buscas contemporâneos em oito e mostra como foram decodificados por algumas empresas inovadoras sob a forma de serviços, produtos, projetos ou conceitos:
Originalidade – Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Jovem da Editora Abril apontou o consumo da expectativa como uma das dez fortes tendências contemporâneas. Beth afirma que queremos sempre o que não temos, e quando conseguimos, não queremos por muito tempo. Vivemos a era do efêmero, em que a sensação é proporcionada pela transitoriedade.
Juventude – Desejo de estar onde a vida acontece. Beth afirma que criar negócios para jovens é uma oportunidade na atualidade, porém criar negócios para que as pessoas sintam-se jovens é a receita de sucesso.
Velocidade – As demandas profissionais não cabem em nossa semana e nossos sonhos não cabem em nossos bolsos. Para Beth, a resposta para todas essas impossibilidades é velocidade. E com ela, a percepção de tempo diminui. Ela lembra ainda que os ciclos de vida de produtos