Condução iônica e eletrólitos sólidos
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Condução Iônica e Eletrólitos Sólidos
Heloise de Oliveira Pastore * lolly@iqm.unicamp.br Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química
Informações do Artigo
Histórico do Artigo
Criado em Fevereiro de 2001
Resumo
Este texto tem o objetivo de mostrar que a condutividade não é um fenômeno exclusivamente elétrico ou eletrônico. Outros carregadores de cargas, os íons, podem gerar condução quando se movimentam em um retículo sólido, obedecendo a condições estruturais muito específicas.
Palavras-Chaves
Eletrólitos
Cristais iônicos
Retículos cristalinos
Condutores
Semicondutores
Isolantes
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Introdução
Quando iniciamos estudos sobre eletricidade em condutores metálicos, temos contato com três propriedades fundamentais: corrente elétrica (símbolo=i, unidade SI=A
(ampére)), a resistência elétrica (símbolo=R, unidade
SI=Ω (ohm)) e o potencial elétrico (símbolo=Φ, unidade
SI=V (volt)). O termo corrente elétrica está associado a um fluxo de carga através do condutor. No caso dos condutores metálicos este fluxo de carga está associado diretamente ao transporte de elétrons que são transferidos de um ponto de maior potencial elétrico para um de menor potencial. Ao atravessar um determinado material, a corrente de elétrons sofre resistência ao seu movimento e, curiosamente, cada material apresenta uma resistência diferenciada. Estas três quantidades fundamentais estão relacionadas entre si pelo que conhecemos como Lei de Ohm, expressada matematicamente por:
* Autor para contato
Φ = R.i
Esta expressão nos diz que o fluxo de elétrons em um condutor (i) é diretamente proporcional a diferença de potencial aplicada. A constante de proporcionalidade entre as duas quantidades será a resistência elétrica do material. Em outras palavras, para um condutor metálico, sob o efeito de uma diferença de potencial,