Condições institucionais da russia
O premiê da Rússia, Vladimir Putin - ex-presidente do país -, domou o capitalismo criminoso que acompanhou o colapso da União Soviética, tornando a corrupção na Rússia "normal e civilizada". A Rússia é considerada a mais corrupta das potências globais, e documentos diplomáticos dos EUA vazados pela internet citam o "cão alfa" Putin como o chefe de uma autocracia corrupta, que permite que funcionários e espiões desviem dinheiro dos cofres do país, maior produtor mundial de energia. Putin domina a política russa há 12 anos. Foi presidente, hoje é primeiro-ministro, e tem franco favoritismo para se eleger novamente para a presidência na eleição de 4 de março e permanecer no cargo até 2018. Sua campanha se baseia em promessas de combater a corrupção. Questionado sobre a percepção de corrupção na Rússia, o chefe da campanha eleitoral de Putin, o cineasta Stanislav Govorukhin, disse que a corrupção existe há séculos no país, e que Putin conseguiu controlar os excessos da década de 1990. "Putin não pariu isso. A corrupção existia na Rússia czarista", disse Govorukhin, de 75 anos, conhecido pelo filme "O Ponto de Encontro Não Pode Ser Mudado" (1979), sobre a caçada a uma quadrilha de assaltantes. "Na década de 1990 não havia corrupção. Em vez disso, era uma ladroeira ultrajante, pilhagem escancarada. Bilhões foram roubados, fábricas, setores inteiros. Destruíram e venderam, moeram a Rússia até virar pó", disse ele ao jornal Trud.
"Hoje, voltamos à corrupção ''normal'', ''civilizada'', que, infelizmente, existe na China, embora lá eles metam bala (nos corruptos), e na Itália e (nos Estados Unidos da) América", afirmou. "Estamos nos arrastando para fora da ladroeira ultrajante." O objetivo da declaração aparentemente era chamar a atenção do eleitorado para a caótica situação que Putin encontrou quando foi eleito presidente pela primeira vez, em 2000, mas ela também ilustra como os subornos se tornaram aceitáveis para a elite nacional. A Rússia é