condiçoes hiperbaricas
Notícias em destaque
ESCRITO POR EMANUEL CANCELLA
TERÇA, 14 DE SETEMBRO DE 2010
Recomendar
Com a descoberta do Pré-Sal, o uso da atividade do mergulho se intensifica. Essas imensas reservas de petróleo se localizam no mar e os mergulhadores são fundamentais. A Petrobrás utiliza mais de 90% da atividade de mergulho e, de forma irresponsável, terceiriza totalmente a atividade. Jovens brasileiros, na maioria dos casos sem informação, ingressam na segunda profissão mais perigosa do planeta. A profissão mais perigosa é a de astronauta. O mergulhador, em termos de risco de morte na atividade, se compara ao astronauta. Porém, no quesito seqüela adquirida durante a vida laboral, supera em muito o astronauta. A vida útil de um mergulhador é de 15 anos, pois, se muitos astronautas sobrevivem ao tempo de trabalho saudáveis, no mergulho a doença é inexorável. E não estamos falando de doenças corriqueiras, estamos falando de doenças que impossibilitam o exercício de qualquer outra a atividade. O numero de óbitos entre os mergulhadores é alarmante. Dados de 1998, na Bacia de Campos, em 22 anos, 155 mergulhadores acidentaram-se. Trinta morreram e dezessete foram afastados permanentemente da atividade. Esse índice é muito alto considerando que o efetivo do mergulho era de menos de 300 trabalhadores. Hoje, em função da descoberta do Pré-Sal e da intensificação da pesquisa, exploração e produção de petróleo no mar, são milhares de mergulhadores em ação. O mergulho exige quarentena antes e depois de cada mergulho, sendo a desobediência a esse procedimento fatal. Mesma seguindo a risca os procedimentos da Organização Mundial de Saúde e das NR do Ministério do Trabalho, os problemas persistem. O que agrava ainda mais a situação é que a Petrobrás contrata através de terceiros essa mão-de-obra, lavando as mãos, tirando de si a responsabilidade. O principal objetivo dessas empreiteiras é obter lucro, pouco se lixando para a vida do