CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
Enquanto a Igreja Cristã se desenvolvia, passou a sofrer oposição de Roma e dos judeus em forma de perseguições e morte aos que professavam a fé cristã. Mas este não foi o único tipo de perseguição sofrida. Apesar de a igreja primitiva ter recebido aceitação social e respeitabilidade durante o governo do Imperador Diocleciano (284-305), outro tipo de perseguição começou a se infiltrar na Igreja – o da oposição à fé como revelação direta da verdade por parte de Deus.
A palavra Concílio significa “assembleia reunida por convocação”. É uma instituição tradicional na vida da Igreja desde os tempos apostólicos, quando vimos os apóstolos reunidos em Jerusalém para discutirem a questão da disciplina a ser aplicada aos judeus - cristãos e aos pagãos convertidos à fé cristã (Atos 13). Enquanto a igreja romana usa a palavra “Concilio” a Igreja Ortodoxa preferiu a palavra “Sínodo”, o mesmo acontecendo com as Igrejas anglicanas e protestantes históricas.
Os concílios nasceram da vontade de preservar a unidade da Igreja frente a crises teológicas e disciplinares, os concílios tiveram na elaboração da teologia dogmática e no direito canônico uma função principal. Os mais importantes são os oito primeiros, chamados de ecumênicos ou católicos, mas estaremos abordando somente os quatro primeiros, os quais ocorreram nos séculos 4 e 5. Todos eles foram convocados e dirigidos pelo Imperador cristão, para confessar a fé cristológica e trinitária e para manter a unidade política da cristandade. Foram esses primeiros concílios que estabeleceram o essencial da fé e da organização da Igreja Cristã.
Os primeiros concílios, embora com algumas restrições, são aceitos pelas maiores igrejas cristãs (Romana, ortodoxa, anglicana, luterana e calvinista). Os Concílios eram convocados por iniciativa do Imperador que via na unidade da fé um pressuposto para a unidade do Império. Geralmente foram celebrados no Oriente, com escassa participação ocidental. A presença dos