concreto sustentável
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Um concreto idealizado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP em São Carlos (SP) substitui os materiais tradicionais que o compõem por componentes reaproveitados. O produto faz parte do estudo que investiga a reutilização, ou reciclagem, de resíduos sólidos industriais na construção civil.
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O concreto tradicional emprega cimento, areia e pedra, enquanto o sustentável substitui 70% da areia natural por areia de fundição (utilizada em moldes nos processos de peças metálicas) e 100% da pedra por escória de aciaria (resíduo que sobra da produção do aço).
“As vantagens para o meio ambiente são evitar o descarte inadequado de resíduos sólidos industriais, o que pode causar contaminação de solos e águas subterrâneas, e proporcionar a economia de recursos naturais”, explica o engenheiro eletricista Javier Mazariegos Pablos, autor do estudo.
Os resíduos industriais não podem sofrer descarte comum, pois são nocivos ao meio ambiente. Os materiais só podem ser dispostos em aterros específicos e o valor é elevado (cerca de R$ 200,00 a tonelada). O novo produto evita o descarte e elimina o custo para as indústrias.
Pavimentação – Enquanto o concreto tradicional é empregado para fins estruturais, o novo produto foi desenvolvido para a fabricação de peças para pavimentação. Ele pode ser usado em guias, mobiliário urbano e na execução de contrapisos e calçadas.
O preço e o custo do concreto dependem do valor dos resíduos sólidos empregados, explica Pablos, que estuda a reutilização das areias de fundição aglomeradas com argila na construção civil desde 1993. O desenvolvimento do concreto envolveu também o estudo do resíduo constituído por escórias e foi iniciado em 2009.
“O concreto pode ser comercializado a qualquer momento, somente estamos esperando a manifestação de interesse de alguma empresa para que possamos firmar um convênio