Concreto Colorido
INTRODUÇÃO
Uma solução que pode agregar valor estético ao concreto é a adição de pigmentos. Seja em pavimentos ou elementos estruturais aparentes, a técnica dispensa a aplicação de revestimentos, o que, em tese, significa economia, agilidade e menor exigência de manutenção. No entanto, embora apresente resistência e desempenho semelhantes ao concreto cinza, a utilização de concreto colorido exige maior controle tecnológico e alguns cuidados especiais, sobretudo durante a produção do concreto e a execução da estrutura.
A começar pela escolha dos pigmentos. Os inorgânicos são mais recomendados por apresentar menor quantidade de finos e maior durabilidade. Os mais comuns são os derivados de óxido de ferro, que também podem ser orgânicos, mas que, neste caso, apresentam desempenho inferior.
Embora sua estabilidade química seja similar à do produto sintético, a maioria dos pigmentos naturais apresenta pouco óxido e baixo poder de tingimento, o que implica maior consumo do material. Vale lembrar que a utilização de óxidos acima de 10% do peso do cimento em um concreto pode ser nociva para sua durabilidade e resistência. Além disso, com esse tipo de produto, aumentam-se os problemas decorrentes de sais inapropriados e contaminantes.
Entretanto, mais do que a escolha adequada dos pigmentos, no caso do concreto colorido, a maior atenção deve ser sobre a elaboração do traço.
Isso porque o grande segredo com relação à uniformidade e manutenção da cor está na dosagem constante e mistura homogênea. Dessa forma, mais importante do que o controle tecnológico pós-produção é o controle da execução. Além disso, a inserção de pigmentos pode alterar algumas propriedades do concreto. O comportamento com relação à tração e deformabilidade, por exemplo, não muda. A diferença, porém, é que pode haver maior demanda de água e cimento.
Cuidados devem ser tomados também para evitar diferenciação de tons. Embora qualquer cimento possa ser utilizado para a confecção de