concreto armado
Viga que sofreu “explosive spalling”, estrutura comprometida.
Neste artigo, estaremos mais focados no fenômeno do “concrete spalling” decorrente do seu aquecimento em situação de incêndio. Nosso objetivo será compreender os fatores envolvidos neste fenômeno e entender como podemos nos prevenir para construções futuras e pré-existentes, evitando riscos desnecessários.
Nos últimos anos, uma série de evoluções nos compostos do concreto foi introduzida no mercado, desde grãos mais dispersos, aditivos e até partículas superfinas que garantem maior durabilidade, resistência e praticidade de manuseio do concreto. No entanto, estes avanços provaram tornar os concretos modernos, menos resistentes ao “concrete spalling”, durante situações de incêndio e quando comparados ao concreto convencional.
Durante um incêndio padrão, existe uma curva traçada no gráfico abaixo, que demonstra temperaturas de até 600º C em menos de 5 minutos. Quando pensamos que esta temperatura mantém-se constantemente subindo e podendo chegar a quase 1000º C após 60 minutos, pensamos no extremo da situação que pilares estruturais de concreto sofrem em reação com o fogo.
Linha azul representa incêndio celulósico (padrão), que atinge até 900ºC após 60 minutos. O comparativo também ilustra a curva Hydrocarbon Fire em vermelho, muito mais crítica e potencialmente danosa às estruturas de concreto armado.
Este fenômeno, como vimos anteriormente, pode causar estouros consecutivos do concreto e consequentemente, abalar toda a estrutura de uma edificação. Se vergalhões estiverem enferrujados, a umidade do concreto estiver elevada ou se houver formação de sais e cristalização dos mesmos, os efeitos podem ser ainda mais intensos. Vale ressaltar que os estouros e sua consequente perda de resistência, pode ocorrer por camadas ou simplesmente ocorrer de uma só vez (fragmentação explosiva), como podemos visualizar no