Conclusão: O ato de educar: aprender e ensinar
Realiza essa discussão remetendo a dois termos que utiliza e dá elevada importância de significado no decorrer da argumentação: a liberdade e a amizade.
A relação de alguém consigo mesmo é denominada liberdade e essa curiosa forma de comunhão com outros é denominada amizade.
A lição deve ser uma "verdadeira leitura, uma verdadeira aprendizagem na amizade e na liberdade" (pág. 140), deve ela se tornar algo comum a todos, no sentido de que todos aprendam juntos e ensinem uns aos outros (essa "curiosa forma de comunhão").
A leitura e a escrita são tratadas no texto como complementos: não há leitura sem escrita e vice-versa. "Aprender a ler é aprender a escrever." (pág. 146)
Na lição, o texto se comunica numa ação pluralizadora. Ele se faz presente e cada ouvinte interioriza a informação de uma forma. "Ao tornar palavra, não se sabe o que se dizer. Mas sabe o que quer: dizer." (pág. 145)
O papel do professor, segundo o texto, é o de orientar o aprendiz, lhe mostrar os meios para que ocorra o processo de aprendizagem e participar desse processo orientando os alunos no aprender. Ensinar não é um processo determinado e terminado.
O papel dos alunos nesse processo, é o de se dedicar e se interar (no amplo sentido da palavra) para que seja possível a aprendizagem, para que interiorizando e interagindo com o conteúdo, o processo ocorra naturalmente.
Mas é preciso reconhecer que embora o ato de ensinar deva ser homogêneo e tente atingir à todos, a aprendizagem, sendo algo heterogêneo, ocorre de forma diferente para cada um e isso deve ser respeitado de forma interativa, em que mestre e aprendiz estejam em busca de um mesmo objetivo, respeitando ambos suas limitações, e é a isso que chamo amizade.
E concluo que a partir do momento que se dá a alguém os meios e se ensina algo, como ler e escrever por exemplo,