Conclusão morfologia urbanamente Maringá
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Portanto, com base em todas as abordagens e análises feitas, pode-se explicar os motivos da presença marcante de certos tipos de impactos no espaço urbano de Maringá; embora seja uma cidade contemplada com um planejamento urbano.Contudo, numa visão minuciosa, verificou-se que seu projeto original, elaborado por Jorge de Macedo Vieira, não seguiu, fielmente, todos os pressupostos das cidades-jardins e da Carta de Atenas, seja pela diferença espacial e/ou temporal; fato complicador quando se julga tais modelos por alguma ineficiência.
Além disso, este projeto sofreu, ao longo dos anos, significativas alterações (em especial, no período pós-moderno), devido às ações das especulações imobiliárias e as displicências das administrações municipais, as quais prejudicaram (e, ainda, prejudicam) a qualidade urbana do presente universo de estudo. Como bem lembrou Scherer (op cit, não paginado), “o crescimento desmesurado das cidades é visto como produto da ação de interesses privados conjugados à displicência do poder público”.
É importante ressaltar-se que tal fato não induz à afirmação de que se o referido projeto fosse seguido, não ocorreriam os transtornos em questão, pois não se deve procurar um planejamento urbano ideal, mas sim, um planejamento urbano possível. Possibilidade que nunca deve ser única e finalizada, pois a organização equilibrada e harmônica de uma cidade deve ser a busca constante de pessoas conscientes, pertencidas às mais variadas áreas; buscando-se, assim, uma interdisciplinaridade necessária, com base em múltiplas leituras sobre o objeto de estudo.
Por fim, chega-se à conclusão de que não importa se a cidade é planejada ou não para a existência dos problemas ambientais, mas sim, se a cidade possui boas práticas sócio-espaciais, realizadas cotidianamente pelos diferentes atores sociais.
Segundo Santos (1977), o conceito de formação sócio-espacial explicita, teoricamente, que uma sociedade só se torna concreta por meio de seu espaço (o