conclusoes

As seguintes conclusões principais emergem desta análise:
• A desigualdade de renda, antes de contabilizar os impostos e benefícios, aumentou rapidamente durante a crise na maioria dos países. A desigualdade de renda depois de impostos e benefícios já estava em um ponto mais alto antes da crise, e continuou a subir. O aumento foi particularmente grande quando o foco sobre a desigualdade na extremidade inferior da distribuição de renda.
• A privação de renda também aumentou durante a crise, especialmente quando comparado a pré-crise, parâmetros de referência reais de renda ("indicadores de pobreza"). Em muitos países o rendimento médio das famílias diminuiu em termos reais. As taxas de pobreza aumentaram entre crianças e jovens enquanto eles caíram entre os idosos.
• Houve duas fases distintas desde o início da crise. Nos anos iniciais, os estabilizadores automáticos e medidas de estímulo fiscal amorteceram o setor das famílias melhor do que outros setores da economia. À medida que as dificuldades econômicas continuaram, os benefícios começaram a expirar e governos introduziram programas de consolidação fiscal; o amortecimento diminuiu, especialmente nos países mais atingidos (por exemplo: Grécia, Irlanda e Espanha).
• Embora as reformas fiscais variassem consideravelmente entre os países e ao longo do tempo, nos anos iniciais da crise muitos países reduziram os impostos e / ou vantagens levantadas, reforçando, assim, o impacto dos estabilizadores automáticos sobre os rendimentos do agregado familiar. Muitos desses países depois inverteram estas políticas e aumentaram os impostos e os benefícios foram cortados. Famílias com crianças (especialmente as famílias monoparentais) tendem a perder mais, em parte devido a cortes nos benefícios familiares. Em termos gerais, as medidas tiveram um efeito progressivo entre as famílias ligadas ao trabalho, com ganhos ou perdas menores em famílias de baixa renda e maiores perdas em famílias de maior ganho.