concilio trento fichamento 1
Referência bibliográfica completa do texto.
Concílio de Trento. Decreto sobre a invocação, a veneração e as Relíquias dos Santos, e sobre as imagens sagradas (1563). In: LICHTENSTEIN, Jacqueline (dir.). A pintura: textos essenciais. Vol. 2: a teologia da imagem e o estatuto da pintura. Coordenação da tradução de Magnólia Costa. São Paulo: Editora 34, 2004, p. 65-69 [1995].
Resumo das principais ideias do autor:
A Reforma na Europa influenciou a Igreja a realizar mudanças nas instituições e em práticas religiosas, no que tange aos dogmas da fé católica e as ordens (jesuítas, teatinos, etc) mais organizadas.
Por instigação de Pio IV os trabalhos com Concílio Trento foram retomados em 1562 e foram estabelecidos diversos decretos relacionados às artes e literatura. Até sua publicação a igreja “fez vista grossa” para “temas pictóricos pouco compatíveis com tema doutrinal do catolicismo”.
Os decretos do Concílio Trento “se mostram rigorosos em relação a certos hábitos dos pintores”: como “representação de nudez nas igrejas e negligência na disposição dos personagens”.
Argumentos que sustentam as ideias: Um dos aspectos que demonstram as transformações dos dogmas da igreja se relaciona com apontamentos presentes no decreto sobre os “excessos nas cerimônias religiosas, tais como episódios de desregramento por ocasião das festas dos santos, práticas idolatradas ou representações mitológicas julgadas escabrosas nos recintos do culto.
O texto demonstra a mudança na postura da igreja, expressa através da publicação do Concílio Trento, recordando que as diversas imagens onde “deuses pagãos coexistiam com personagens do Evangelho”. O rigor dos decretos em relação à pintura é justificado por a igreja romana não ter o mesmo poder da idade média. É uma medida de reforçar as doutrinas cristãs.
Informações de interesse pessoal:
O concílio Trento é composto por três sessões. “A primeira se estende de 1545 a 1549; a segunda de 1551 a1552 e a terceira de 1562 a 1563”.