CONCEPÇÕES E METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO
Adequado identificar as especificidades e inter-relações dos processos de a Magda Soares (2003), alfabetização e letramento, assim como é preciso resinificarmos a alfabetização, reconhecendo-a como necessária, como processo sistemático de ensino e não só de aprendizagem da escrita alfabética e o conhecimento de relações letra –som. Não há – e pensamos que nunca deverá haver – consenso sobre qual “a” forma única, miraculosa ou “melhor” de alfabetizar entre os que adotam os pressupostos da psicogênese da escrita
Observamos, nos últimos anos, tanto nos novos livros didáticos de alfabetização como na prática de professores alfabetizadores que acompanhamos é certa falta de clareza, entre estudiosos e docentes, quanto à necessidade de ensinar, sistematicamente, as propriedades da escrita alfabética e suas convenções.
O engodo da cruzada em favor da recuperação do “método fônico”
Atualmente, a expressão “método fônico”, tanto nas declarações de jornalistas como nas dos acadêmicos que o defendem, tem sido tratada como sinônimo de “ensino sistemático das correspondências entre letras e sons”, e que este procedimento didático (ensinar relações grafema – fonema) seria visto como necessariamente ausente nos “métodos construtivistas”Tal como outros métodos tradicionais de alfabetização, a fórmula miraculosa que agora se quer recuperar tem como fundamento uma visão empirista-associacionista de aprendizagem, cujos processos básicos seriam a percepção e a memória.
É preciso repensar nossas metodologias de alfabetização, mas também...
Não existe nenhuma oposição em alfabetizar e letras ao mesmo tempo. Para não promover exclusão, o ideal é aliar um ensino sistemático da notação alfabética com a vivência cotidiana de práticas letradas,