CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E ENSINO DA GRAMÁTICA
1 INTRODUÇÃO O homem, enquanto um investigador de si mesmo, contribui para o desenvolvimento dos conceitos de linguagem e sua utilização. O crescimento profissional docente pode ser entendido como uma atitude permanente de indagação de formulação de questões e procura de soluções, com isso, a formação docente implica buscar o sucesso da aprendizagem do aluno.
2 RESUMO A concepção de linguagem tem procedência na tradição gramatical grega, vigorou durante toda a Idade Média e só foi superada no início do século 20. Segundo Alba Maria Perfeito, especialista em lingüística e professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), essa corrente adota a língua como uma atividade mental, dirigida por normas que definem o certo e o errado, o uso da língua é visto como uma conseqüência de pensá-la corretamente, desse modo, fala e escreve bem o indivíduo que pensa bem. A heterogeneidade lingüística e as variações determinadas pelas diferentes situações de uso são completamente desconsideradas nessa concepção, sob essa ótica, o ensino da língua se resume se resume ao ensino das normas gramaticais, acreditava-se que para produzir bons textos, bastava ao aluno dominar regras. Essa visão de linguagem permeou o ensino da língua materna no Brasil e foi mantida, praticamente sem grandes mudanças até o final da década de 1960 e segue tendo repercussões atualmente, afirma Alba no Artigo Concepções de Linguagem e Análise Lingüística: Diagnóstico para Propostas de Intervenção. A ruptura com a corrente anterior se deu com as pesquisas do lingüista e filósofo suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913). No início do século 20, a linguagem deixou de ser entendida como expressão do pensamento para ser vista também como instrumento de comunicação, nesse modelo, a língua passou a ser considera um código por meio do qual um