concepção do psiquismo
Baseado em Fernando Cordeiro, E. (2010). O Inconsciente em Sigmund Freud. Artigo, Centro Universitário do Leste Minas (UnilesteMG), Coronel Fabriciano, Minas Gerais, Brasil
Antes de começar a abordar a conceção do psiquismo, é pertinente uma contextualização da época de Freud e de que se trata a psicanálise.
Sigmund Freud nasceu e cresceu numa sociedade definida por teorias baseados no Iluminismo e na razão, pelo que a sociedade possuía uma mentalidade direcionada para a racionalização e para o progresso científico.
Além disso, foi o considerado o criador da psicanalise com o seu conceito inovador – O Inconsciente -, embatendo com as ideias defendidas na altura nomeadamente que a consciência humana é dominada inteiramente pela razão, e o papel da vida afetiva nada afetiva no sujeito.
Segundo Schultz & Schultz (1992), “A psicanalise, portanto, promove uma rutura com o saber existencial, derrubando a razão e a consciência do lugar sagrado em que se encontrava”.
Com efeito, para a psicanálise, a consciência é apenas um sítio que acolhe todas as repressões que foram feitas pelo sujeito, não constituí o lugar a verdade, mas sim do ocultamento, da distorção e ilusão. A consciência interessa-se pelos desejos que o racionalismo recusou.
Terminada esta introdução ao tema da Conceção do Psiquismo, será então abordado seguidamente o consciente, Pré-Consciente e Inconsciente e todas temáticas envolventes.
O texto apresentado em baixo* representa uma forma de mencionar a proveniência da palavra “psique” (de psicanálise) tal como um ponto de partida para desenvolver o trabalho de Freud nesta área.
“A palavra "psique" proveio da mitologia grega. Em síntese, Psique foi imortalizada depois de ter passado por bastante sofrimento causado pela deusa do amor. Afrodite, com inveja da beleza da mortal, incumbe Eros, o seu filho e o deus do amor, a fazê-la apaixonar-se pelo ser mais monstruoso à face da Terra.