Concepção de linguagem
ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Marília de Carvalho Cerveira 1
Resumo:
Este artigo se propõe a refletir a respeito de posturas de ensino de língua materna da escola e do professor a partir das concepções que os mesmos têm a respeito da linguagem e da língua. Essas concepções redundam num ensino-aprendizagem sustentado em práticas de exclusão ou inclusão das classes socialmente desprestigiadas.
Palavras-Chave: Língua. Linguagem. Ensino. Inclusão.
1 INTRODUÇÃO
Texto que objetiva refletir acerca do ensino de língua materna a partir da relação existente entre linguagem e língua, enquanto fenômenos sociais. Parte-se da caracterização de cada um desses elementos com a intenção de resgatar algumas concepções existentes sobre os mesmos.
A partir desse enfoque, busca-se analisar como tais fenômenos são percebidos no âmbito escolar e de que forma as concepções que a escola tem a respeito deles determinam o tipo de ensino de língua materna oferecido aos alunos.
Nessa mesma dimensão, reflete-se acerca da postura do educador frente ao ensino da língua materna a partir das concepções internalizadas por ele sobre linguagem e língua. Concepções que refletirão numa prática docente de exclusão ou inclusão.
2 LINGUAGEM: CARACTERIZAÇÃO
As relações humanas só se efetivam satisfatoriamente pela linguagem. Enquanto faculdade inerente ao homem, permite que os estados mentais humanos sejam expressos por meio de veículos lingüísticos (língua falada ou escrita) e não-lingüísticos (gestos, toques, olhares etc.).
É por meio dela que as relações sociais entre indivíduos são concretizadas, numa dinâmica que produz interação, comunicação e socialização.
1
Especialista em Língua Portuguesa e Professora de Metodologia do Ensi no de Língua Portuguesa da
FAMA.
1
Nessa perspectiva, pensar em linguagem é pensar numa ação humana que resulta do raciocínio consciente e intencional. Esse caráter imprime a mesma