concepção de lazer
A palavra lazer, no senso comum, é utilizada para ajudar a vender sonhos, prazeres, drogas, imóveis, felicidade, etc. Apesar dos seus inúmeros significados, o lazer ainda continua sendo alvo de mal entendidos e preconceitos, visto, por muitos como a “salvação” para o tédio e a rotina gerados pelo trabalho ou pela família; usado, então, de uma forma compensatória. A alienação em qualquer âmbito das nossas vidas pode provocar insatisfação sendo que o prazer e o esquecimento gerados momentaneamente pelo lazer, pode terminar assim que este tempo se esgota, levando a pessoa a ter um lazer também alienante, que aos poucos se tornará insatisfatório, como afirma Ecléa Bosi (1978, p.76) “[...] se no trabalho e no lazer corre o mesmo sangue social, é de se esperar que a alienação de um gere a evasão de processos compensatórios em outro”. Buscando a não alienação no lazer e sua ajuda na tomada de consciência da realidade, discutiremos alguns conceitos que o permeiam.
Marcelino (2001, p.48) entende o lazer como:
“[...] a cultura, compreendida no seu sentido mais amplo, vivenciada no tempo disponível. É fundamental como traço definidor, o caráter “desinteressado” dessa vivência. Ou seja, não se busca, pelo menos fundamentalmente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A disponibilidade de tempo significa possibilidade de opção pela atividade ou pelo ócio”.
Quando falamos em tempo disponível, entendemos que é aquele cujas obrigações familiares, religiosas, profissionais e sociais já foram cumpridas. É importante salientar que a opção gerada pelo tempo disponível permite que as pessoas optem também pelo ócio, além das atividades. Uma questão que podemos analisar e que será melhor explorada posteriormente é se as pessoas que freqüentam um hotel têm o tempo todo disponível para o lazer. É importante salientar o duplo aspecto educativo do lazer para a conscientização das pessoas em relação ao que é lazer, dando oportunidade a