Concentração bancaria
1. Introdução; 2. Razões para concentração; 3. Evidência emptrica da concentração; 4. Considerações finais.
2. RAZÕES PARA CONCENTRAÇÃO 2.1 Aspectos teóricos Existem algumas razões teóricas para se desejar que se ampliem os tamanhos das unidades produtivas. A existência de economia de escala associada a maiores tamanhos de plantas tende a apresentar maior eficiência. A teoria econômica neoclássica postula que existe um tamanho ótimo de planta e que a este está associado um custo unitário mínimo de produção. No entanto, não existe um consenso entre os especialistas quanto ao que ocorre com os custos a partir deste nível ótimo de produção, ficando inconc1usivo se os custos se estabilizam, crescem imediatamente ou crescem somente a partir de um tamanho maior de planta. No entanto, a evidência empírica nos coloca apenas raramente diante de uma situação em que os custos médios apresentam a forma de U2. Ou seja, o que é mais comum é que os custos médios não tomem a se elevar imediatamente após terem atingido seu mínimo. Desta forma, se algumas firmas de uma indústria se interessam por ampliar suas escalas' de produção além do tamanho mínimo ótimo, isto só poderá ser feito, dado o tamanho do mercado, com um grau maior de concentração. Portanto, é extremamente importante a relação entre eficiência, concentração e dimensão de mercado. De maneira geral, quanto maior o tamanho mínimo ótimo com relação ao mercado, maior será o grau de concentração da indústria. Não há, deste modo, razões teóricas (econômicas) para a sociedade desejar que as finnas alcancem tamanhos maiores que o mínimo ótimo, embora existam vários incentivos às firmas para assim o fazerem, tais como: controle de mercado, redução da concotrência, poder etc. Os trabalhos realizados nos Estados Unidos e no Brasil sobre a existência ou não de economias de escala no setor bancário apresentam problemas metodológicos e suas conclusões parecem pouco confiáveis, embora se possa adiantar, com base nos