Concentra o e Desconcentra o

Concentração e Desconcentração

Entende-se por concentração, quando a pessoa política desempenha a função administrativa por meio de um único órgão, sem divisão, quando é exercida no âmbito interno de cada entidade, ou seja, realizando as atividades administrativas de forma concentrada.
Noutro sentido, a desconcentração seria o exercício da função administrativa não apenas em um só órgão, havendo a divisão da pessoa jurídica política em vários órgãos, ocorrendo portanto a distribuição interna de competência, a qual se divide em níveis, os são mencionados com propriedade Celso Antônio Bandeira de Mello (Curso de Direito Administrativo, 2010):

[...] pode ocorrer tanto em razão da matéria ou do assunto (por exemplo, entre os Ministérios da Justiça, da Saúde, da Fazenda, da Educação), como em razão do grau de hierarquia (por exemplo, entre a Presidência da República e os Ministérios de Estado; a Diretoria de Departamentos e a Diretoria de Divisões; Chefias de Seção e Encarregados de Setor) e do território (por exemplo, as Delegacias Regionais do Trabalho e da Receita Federal na Bahia, em Sergipe, Pernambuco, Alagoas, etc) [...] (grifo nosso)

Segundo Di Pietro (Direito Administrativo, 2012) a desconcentração supõe a existência de, pelo menos, duas pessoas, entre as quais se repartem as competências, assim, para se verificar se a atividade administrativa está sendo realizada de forma concentrada ou desconcentrada, é só analisar se em determinada pessoa estatal existe um órgão só ou se há vários.
Entretanto, para que não haja confusão, devemos observar que apesar de certa semelhança entre a desconcentração e a descentralização, pois ambas promovem a distribuição de competências, contudo, a diferença entre elas é que na descentralização a distribuição é externa, de uma pessoa jurídica para outra e, por sua vez, na desconcentração a distribuição é interna, dentro da mesma pessoa jurídica.
Nesse sentido, com a criação de um Ministério ocorre a desconcentração, pois