Conceitos Marxistas e trabalho semi-escravista

O modo de produção capitalista é a maneira como o homem se relaciona entre si e com a natureza material para atender às suas necessidades. Isto propicia a divisão do ser humano em classes sociais. Existem as classes dominante e dominada. Aquela, composta por burgueses, detentores do meio de produção e do lucro, e estas, compostas pelos trabalhadores, que detém apenas sua força de trabalho. Isso é exemplificado pela situação comumente denunciada, onde os proletários realizam atividades similares à escravidão. Enquanto o dono da operação comercial retém todo o lucro proveniente do trabalho, o trabalhador fica com apenas o necessário à sua sobrevivência, resultando na desigualdade social.
A força de trabalho associada aos meios de produção culminam na força produtiva. Por meios de produção entende-se a infraestrutura, as máquinas, os equipamentos, as ferramentas e a tecnologia. Nas situações em que o empregado é submetido ao trabalho parcialmente escravista, observa-se um ambiente inadequado para o exercício das atividades, tais como a falta ou inadequação de equipamentos de segurança, maquinas inapropriadas e ausência de saneamento básico. Ao mesmo tempo, o proletário é exposto à exuberante esforço físico, ocasionando eventuais problemas à saúde.
Segundo Marx, existem dois tipos de reprodução do capital: a simples e a ampliada. A primeira compele na renovação e reinvestimento total da produção a partir do capital obtido, não atingindo às expectativas de lucro da empresa. Já a ampliada consiste na reinserção parcial do valor conquistado, gerando a acumulação de riquezas, diferentemente da primeira. Em alguns casos, como o de uma carvoaria em Piracaia (SP), não há o reinvestimento do dinheiro angariado, resultando em más condições e pouca produtividade.
Outra situação que ocorre no âmbito de trabalhos parcialmente escravista é a chegada do trabalhador já endividado devido à própria viagem. Além de o operário ter que trabalhar para sanar suas dividas, seu salário é