Conceitos fundamentais dos metodos projetivos
Os métodos projetivos foram assim designados por Frank (1939, 1965), quando este autor reuniu sob o mesmo termo uma diversidade de testes então utilizados.
Seu artigo examinava uma ampla variedade de materiais e de técnicas, utilizado como meios de acesso às vivências internas, aos conflitos e desejos do sujeito.
Frank (1939) achava que as técnicas projetivas ofereciam acesso ao mundo dos sentidos, significados, padrões e sentimentos, revelando aquilo que o sujeito não pode ou não quer dizer, freqüentemente por não se conhecer bem. De acordo com este autor, tais métodos podiam apreender aspectos latentes ou encobertos da personalidade, por serem inconscientes.
Projeção
O fundamento teórico da hipótese projetiva, explicitada por Frank (1939), deve ser creditado ao conceito de projeção, que teve um longo percurso na obra de Freud.
Este autor vai trabalhar o conceito em momentos distintos, com perspectivas bastante diferentes, incorporando conteúdos conscientes e inconscientes.
Esta perspectiva é de grande importância, pois retira do conceito sua carga negativa.
Elaboração de fantasias
Para Freud, “a poesia, como o sonho diurno, é a continuação e o substitutivo das brincadeiras infantis” (idem, p.969). Ao crescer, a criança interromperia o seu brincar, aparentemente renunciando ao prazer que extraía até então de seus jogos infantis. Porém, na verdade, não existiria renúncia alguma — apenas uma substituição, na qual o indivíduo vai prescindir “de qualquer apoio nos objetos reais, e em lugar de brincar, ela agora fantasia. Constrói castelos no ar; cria aquilo que chamamos devaneios ou sonhos diurnos” (idem, p.966).
Personificação
Segundo a psicanálise, o ego é o real personagem de todos os sonhos e de todas as novelas e romances, mesmo em se tratando das tramas de enredos mais complexos. Freud vai afirmar que a novela psicológica deve sua singularidade “à inclinação do poeta moderno de dissociar seu ego por meio da