Conceitos de habitação saudável
Para a compreensão do conceito de moradia saudável, é necessário conhecermos os diversos fatores envolvidos. Dentre eles, destacam-se o desenho da moradia, o território geográfico e social, os materiais usados para sua construção, a segurança e qualidade dos elementos, o processo construtivo, a composição espacial, a qualidade dos acabamentos, o contexto global do entorno (comunicações, energia, vizinhança), a educação ambiental, a saúde de seus moradores, estilos e condições de vida. A OPAS (Organização Panamericana de Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) consideram que o conceito de ambiente e entorno saudável incorporam a necessidade de se ter equipamentos urbanos com saneamento básico, espaços físicos limpos e estruturalmente adequados, além de redes de apoio com hábitos psicossociais seguros. Ressaltam também que a carência e as deficiências na habitação e a falta de saneamento são questões diretamente relacionadas aos níveis de pobreza (COHEN, CYNAMON, KLIGERMAN, et al., 2004).
Os materiais usados na construção da moradia saudável são muito relevantes, já que, partindo da sustentabilidade, preservam o meio ambiente e nos são úteis. Nesse contexto temos o exemplo do tijolo de concreto de terra. Pode-se dizer que esse tipo de tijolo apresenta grande potencial a ser explorado na minimização do problema da habitação em todo o mundo, representando uma alternativa não poluente e de baixo consumo energético. Sendo um material que “respira” (em vista da porosidade), permite trocas de vapor entre interior e exterior da construção, o que leva a um notável conforto interno (BARBOSA, 1996).
Com base neste aspecto, torna-se necessário refletir sobre como poderia ter melhores ocupações dos espaços físicos e aproximar as ações nos campos da habitação, urbanismo, meio ambiente e saúde. Nesse contexto, o ambiente construído para ser um espaço favorável à saúde necessitaria do reconhecimento e da identificação das complexas relações