Conceito filosofico
Conceito
Os constituintes dos pensamentos (ou proposições). A proposição de que Lisboa é uma bela cidade, tem como um dos seus constituintes o conceito de cidade. Possuir um conceito é saber usá-lo. Por exemplo, se alguém apontar para uma bola e disser que é um tigre é porque não possui o conceito de tigre; mas se for competente no uso do termo "tigre", possuiu o conceito em causa. Uma das muitas questões em aberto é a de saber se os conceitos são entidades abstractas independentes da mente ou se dependem desta para existirem.
Conceito aberto/conceito fechado
Um conceito é aberto se não houver um conjunto de características fixas, ou condições necessárias e suficientes, a partir das quais ele possa ser definido, isto é, a partir das quais se torna possível encontrar a sua extensão. Caso seja possível apresentar um conjunto de características fixas capazes de identificar os objectos que fazem parte da extensão de um dado conceito, então esse conceito é fechado. Isto significa que um conceito aberto é reajustável, podendo ser corrigido de modo a alargar o seu uso a casos completamente novos. Esta noção surgiu com o filósofo austríaco Wittgenstein, que deu como exemplo o conceito de jogo. Segundo Wittgenstein, não é possível identificar um conjunto fixo de características comuns a todos os jogos, além de que podem ser inventados jogos com características completamente diferentes dos que já existem. O mesmo se passa, segundo o filósofo americano Morris Weitz (1916-87), com o conceito de arte, até porque a arte é sempre criativa e inovadora. Por isso, a arte também não pode ser definida em termos de condições necessárias e suficientes. Ver também parecença